Elemento | |
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13AlAlumínio26.981538682
8 3 |
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Propriedades básicas | |
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Número atômico | 13 |
Massa atômica | 26.98153868 amu |
Família de elementos | Outros metais |
Período | 3 |
Grupo | 13 |
Bloquear | p-block |
Ano de descoberta | 1824 |
Distribuição de isótopos |
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27Al 100% |
Propriedades físicas | |
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Densidade | 2.698 g/cm3 (STP) |
(H) 8.988E-5 Meitnério (Mt) 28 | |
Fusão | 660.25 °C |
Hélio (He) -272.2 Carbono (C) 3675 | |
Ebulição | 2467 °C |
Hélio (He) -268.9 Tungstênio (W) 5927 |
Propriedades químicas | |
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Estados de oxidação (menos comum) | +3 (-2, -1, 0, +1, +2) |
Potencial da primeira ionização | 5.985 eV |
Césio (Cs) 3.894 Hélio (He) 24.587 | |
Afinidade eletrônica | 0.433 eV |
Nobélio (No) -2.33 (Cl) 3.612725 | |
Eletro-negatividade | 1.61 |
Césio (Cs) 0.79 (F) 3.98 |
Raio atômico | |
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Raio covalente | 1.26 Å |
(H) 0.32 Francium (Fr) 2.6 | |
Van der Waals raio | 1.84 Å |
(H) 1.2 Francium (Fr) 3.48 | |
Raio metálico | 1.43 Å |
Berílio (Be) 1.12 Césio (Cs) 2.65 | |
Compostos | ||
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Fórmula | Nome | Estado de oxidação |
Al2O | Óxido de alumínio (I) | +1 |
AlBr | Monobrometo de alumínio | +1 |
AlCl | Monocloreto de alumínio | +1 |
AlF | Monofluoreto de alumínio | +1 |
AlI | Monoiodeto de alumínio | +1 |
AlB12 | Dodecaboreto de alumínio | +2 |
AlB2 | Diboreto de alumínio | +2 |
AlO | Óxido de alumínio (II) | +2 |
Al2(SO4)3 | Sulfato de alumínio | +3 |
Al2O3 | Óxido de alumínio | +3 |
AlCl3 | Cloreto de alumínio | +3 |
Al(OH)3 | Hidróxido de alumínio | +3 |
Propriedades eletrônicas | |
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Elétrons por camada | 2, 8, 3 |
Configuração eletrônica | [Ne] 3s2 |
Modelo de átomo de Bohr
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Diagrama de caixa orbital
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Elétrons de valência | 3 |
Estrutura de pontos de Lewis |
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Visualização Orbital | |
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Elétrons | - |
Alumínio (Al): Elemento da Tabela Periódica
Resumo
O alumínio (número atômico 13, símbolo Al) representa um metal pós-transição fundamental no grupo do boro da tabela periódica. Com uma configuração eletrônica de [Ne] 3s² 3p¹, o alumínio exibe propriedades características, incluindo baixa densidade (2,70 g/cm³), alta reatividade em relação ao oxigênio e excelente condutividade térmica e elétrica. O elemento demonstra estado de oxidação predominante +3, formando compostos com caráter covalente significativo devido à sua alta razão carga-tamanho. Sua abundância crustal de 8,23% o torna o terceiro elemento mais abundante na crosta terrestre, ocorrendo principalmente em minerais de bauxita. A extração industrial pelo processo Hall-Héroult permite aplicações tecnológicas difundidas, desde ligas aeroespaciais até componentes eletrônicos. A combinação única de baixa densidade, resistência à corrosão por passivação com óxido e propriedades mecânicas estabelece seu papel crítico na ciência e engenharia de materiais modernos.
Introdução
O alumínio ocupa a posição 13 na tabela periódica, situado no período 3 e grupo 13 (IIIA), comumente designado como o grupo do boro. A estrutura eletrônica do elemento, caracterizada por três elétrons de valência além de uma configuração estável de núcleo de neônio, determina fundamentalmente seu comportamento químico e propriedades físicas. A descoberta do alumínio em 1825 por Hans Christian Ørsted marcou o início de pesquisas extensivas sobre a química dos metais pós-transição, culminando no desenvolvimento de processos industriais de extração que transformaram a ciência de materiais global.
A importância do elemento estende-se além de suas propriedades químicas fundamentais para abranger aplicações tecnológicas críticas nas indústrias aeroespacial, de construção e eletrônica. O perfil único do alumínio, com baixa densidade combinada a resistência mecânica substancial quando ligado, posiciona-o como material essencial para aplicações sensíveis ao peso. Sua alta afinidade pelo oxigênio resulta na formação espontânea de camadas protetoras de óxido, conferindo excepcional resistência à corrosão que aumenta a durabilidade em aplicações ambientais.
As tendências periódicas no grupo 13 demonstram a posição intermediária do alumínio entre o caráter covalente do boro e o comportamento metálico crescente observado em gálio, índio e tálio. Essa posição se manifesta na natureza anfotérica do alumínio, permitindo a formação de espécies catônicas e anônicas dependendo do ambiente químico e das condições de reação.
Propriedades Físicas e Estrutura Atômica
Parâmetros Atômicos Fundamentais
A estrutura atômica do alumínio compreende 13 prótons, 14 nêutrons em seu isótopo mais abundante ²⁷Al e 13 elétrons dispostos na configuração [Ne] 3s² 3p¹. O raio atômico mede 143 pm para o átomo neutro, enquanto o raio iônico de Al³⁺ contrai-se significativamente para 53,5 pm em coordenação octaédrica e 39 pm em coordenação tetraédrica, refletindo a alta razão carga-tamanho característica dos íons de alumínio.
As primeiras três energias de ionização do alumínio são 577,5 kJ/mol, 1816,7 kJ/mol e 2744,8 kJ/mol respectivamente, enquanto a quarta energia de ionização aumenta drasticamente para 11.577 kJ/mol devido à perturbação da configuração eletrônica estável semelhante à do neônio. Este padrão de ionização explica a tendência do alumínio a formar íons Al³⁺ em vez de estados de oxidação mais altos sob condições normais.
Os valores de eletronegatividade do alumínio registram 1,61 na escala de Pauling e 1,47 na escala de Allred-Rochow, posicionando o elemento entre regimes de ligação iônica e covalente predominantes. A carga nuclear efetiva experimentada pelos elétrons de valência é aproximadamente 2,99, explicando os efeitos de blindagem dos elétrons internos e contribuindo para a eletronegatividade moderada do alumínio comparada a elementos vizinhos.
Características Físicas Macroscópicas
O alumínio exibe um brilho metálico branco-prateado característico com propriedades excepcionais de reflexão da luz nas regiões ultravioleta, visível e infravermelha. O elemento cristaliza em uma estrutura cúbica de face centrada (cfc) com parâmetro de rede a = 4,0495 Å à temperatura ambiente. Essa estrutura cristalina, compartilhada com cobre e chumbo, maximiza a eficiência de empacotamento e contribui para as propriedades mecânicas do alumínio.
As propriedades termodinâmicas incluem ponto de fusão de 660,3°C, ponto de ebulição de 2519°C, calor de fusão 10,71 kJ/mol e calor de vaporização 294,0 kJ/mol. A capacidade térmica específica mede 0,897 J/(g·K) a 25°C, enquanto a condutividade térmica atinge 237 W/(m·K), classificando-se entre as mais altas para elementos metálicos. A condutividade elétrica equivale a 37,7 × 10⁶ S/m, aproximadamente 61% a do cobre, mantendo apenas 30% de sua densidade.
As medições de densidade resultam em 2,70 g/cm³ nas condições padrão, significativamente menor que a maioria dos metais estruturais, incluindo ferro (7,87 g/cm³) e cobre (8,96 g/cm³). Essa baixa densidade resulta da massa atômica relativamente leve (26,98 u) combinada com empacotamento cristalino eficiente, tornando-o vantajoso para aplicações que exigem alta razão resistência-peso.
Propriedades Químicas e Reatividade
Estrutura Eletrônica e Comportamento de Ligação
A reatividade química do alumínio deriva de sua configuração eletrônica [Ne] 3s² 3p¹, com três elétrons de valência prontamente disponíveis para formação de ligações. O elemento demonstra forte tendência ao estado de oxidação +3 por meio da perda de todos os elétrons de valência, embora estados de oxidação inferiores (+1, +2) existam em condições especiais, como reações em fase gasosa a altas temperaturas e complexos organometálicos.
A formação de ligações em compostos de alumínio apresenta caráter covalente significativo apesar das distribuições de carga formais iônicas. A alta densidade de carga do íon Al³⁺ (razão carga-raio) induz polarização das nuvens eletrônicas em átomos vizinhos, resultando em ligações parcialmente covalentes segundo as regras de Fajans. Esse caráter covalente se manifesta em propriedades como volatilidade dos haletos de alumínio e padrões de solubilidade de seus compostos.
A química de coordenação tipicamente envolve geometrias tetraédricas ou octaédricas, com números de coordenação variando de 4 a 6 na maioria dos compostos. A preferência do alumínio por hibridações sp³ e sp³d² permite a formação de estruturas complexas, incluindo íons aluminato [Al(OH)₄]⁻ e complexos octaédricos [AlF₆]³⁻. A ausência de orbitais d disponíveis na camada de valência limita os números de coordenação em comparação com metais de transição.
Propriedades Eletroquímicas e Termodinâmicas
O potencial de redução padrão para o par Al³⁺/Al mede -1,66 V versus eletrodo padrão de hidrogênio, indicando seu caráter redutor forte em solução aquosa. Este potencial negativo explica a posição do alumínio na série eletroquímica e sua tendência termodinâmica a sofrer reações de oxidação, especialmente com água e oxigênio atmosférico.
As energias sucessivas de ionização demonstram a estabilidade do estado de oxidação +3: I₁ = 577,5 kJ/mol, I₂ = 1816,7 kJ/mol, I₃ = 2744,8 kJ/mol, com um aumento dramático para I₄ = 11.577 kJ/mol. A afinidade eletrônica mede -42,5 kJ/mol, indicando formação desfavorável de ânions Al⁻ e explicando o comportamento exclusivamente catiônico do alumínio em compostos iônicos.
A estabilidade termodinâmica do óxido de alumínio (Al₂O₃) é excepcional, com entalpia de formação padrão ΔH°f = -1675,7 kJ/mol. Esta estabilidade enorme impulsiona a reatividade do alumínio com o oxigênio e fundamenta o fenômeno de passivação protetora observado em exposição atmosférica. A energia livre de Gibbs de formação para Al₂O₃ equivale a -1582,3 kJ/mol, confirmando a favorabilidade termodinâmica sob condições padrão.
Compostos Químicos e Formação de Complexos
Compostos Binários e Ternários
O óxido de alumínio (Al₂O₃) representa o composto binário mais significativo, existindo em múltiplas formas polimórficas, incluindo α-alumina (corundum), γ-alumina e δ-alumina. A forma α exibe estrutura cristalina hexagonal com dureza excepcional (9 na escala de Mohs) e inércia química, enquanto a γ-alumina demonstra alta área superficial e atividade catalítica. Sua formação ocorre por oxidação direta ou decomposição térmica de hidróxidos, com força motriz termodinâmica fornecida pela entalpia negativa elevada de formação.
Os haletos de alumínio demonstram propriedades variáveis conforme a identidade do halógeno. AlF₃ exibe caráter iônico com alto ponto de fusão (1291°C) e baixa volatilidade, enquanto AlCl₃, AlBr₃ e AlI₃ mostram caráter molecular com estruturas diméricas em fases sólida e vapor. Os dímeros Al₂Cl₆ possuem átomos de cloro em ponte criando centros de alumínio com coordenação quatro, demonstrando ligação deficiente em elétrons característica dos elementos do grupo do boro.
O sulfeto de alumínio (Al₂S₃) cristaliza em estrutura hexagonal e hidrolisa prontamente no ar úmido produzindo Al₂O₃ e sulfeto de hidrogênio. O nitreto de alumínio (AlN) exibe estrutura wurtzita com caráter covalente significativo, demonstrando excelente condutividade térmica e propriedades de isolamento elétrico valiosas em aplicações semicondutoras. O carbeto Al₄C₃ forma-se por reação direta em temperaturas elevadas, produzindo metano na hidrólise segundo a reação: Al₄C₃ + 12H₂O → 4Al(OH)₃ + 3CH₄.
Química de Coordenação e Compostos Organometálicos
Complexos de coordenação do alumínio geralmente exibem geometrias tetraédricas ou octaédricas determinadas por fatores estéricos dos ligantes e eletrônicos. Números de coordenação comuns incluem 4, 5 e 6, com exemplos como [AlCl₄]⁻, [AlF₆]³⁻ e [Al(H₂O)₆]³⁺. A alta densidade de carga de Al³⁺ leva a interações eletrostáticas fortes com ligantes e ativação significativa destes.
A química aquosa inclui o íon hexaaquaalumínio [Al(H₂O)₆]³⁺, que sofre reações de hidrólise produzindo [Al(H₂O)₅OH]²⁺ e espécies hidroxiladas superiores. A desprotonação progressiva leva à formação de espécies polinucleares e, eventualmente, à precipitação de Al(OH)₃ amorfo. A especiação dependente do pH demonstra o comportamento anfotérico do alumínio, formando íons aluminato solúveis [Al(OH)₄]⁻ sob condições fortemente alcalinas.
A química organometálica abrange derivados alquila e arila, geralmente exigindo estabilização por coordenação com base de Lewis devido à deficiência eletrônica nos centros de alumínio. O trimetilalumínio (Al(CH₃)₃) existe como dímero em fases condensadas, com grupos metila em ponte similares às estruturas dos haletos de alumínio. Aplicações industriais incluem catálise em polimerização Ziegler-Natta e processos de deposição química de vapor para fabricação de semicondutores.
Ocorrência Natural e Análise Isotópica
Distribuição Geoquímica e Abundância
O alumínio ocupa o terceiro lugar em abundância na crosta terrestre com concentração aproximada de 8,23% em massa, equivalente a 82.300 ppm. Essa abundância supera todos os metais exceto silício e oxigênio, estabelecendo-o como o metal mais abundante nas rochas crustais. Sua distribuição ocorre principalmente em minerais aluminossilicatos, incluindo feldspatos, micas e minerais de argila, refletindo a forte afinidade do alumínio pelo oxigênio e silício em ambientes geológicos.
A bauxita representa a fonte econômica principal do alumínio, compreendendo óxidos de alumínio hidratados, incluindo gibbsita (Al(OH)₃), böhmite (AlO(OH)) e diasporita (AlO(OH)). Os principais depósitos de bauxita ocorrem em regiões tropicais e subtropicais onde processos intensos de intemperismo concentram o alumínio mediante lixiviação de elementos mais solúveis. Austrália, Guiné e Brasil contêm as maiores reservas, representando coletivamente cerca de 60% dos recursos globais de bauxita.
O comportamento geoquímico reflete a alta força de campo e caráter litófilo do alumínio, levando à incorporação preferencial em minerais silicatados durante processos magmáticos. O intemperismo libera alumínio de minerais primários, com transporte e deposição subsequentes controlados pelo pH e complexação orgânica. O tempo de residência em solos frequentemente se estende por milhares de anos devido à baixa solubilidade sob condições ambientais normais.
Propriedades Nucleares e Composição Isotópica
O alumínio exibe caráter mononuclidico com ²⁷Al sendo o único isótopo estável, possuindo massa atômica 26,9815385 u. O spin nuclear é 5/2 com momento magnético +3,6415 magnetons nucleares, permitindo aplicações em ressonância magnética nuclear devido à abundância natural de 100%, proporcionando sensibilidade excepcional para técnicas analíticas.
Os isótopos radioativos abrangem números de massa de 21 a 43, com ²⁶Al sendo o nuclídeo radioativo de vida mais longa (meia-vida 7,17 × 10⁵ anos). ²⁶Al sofre decaimento beta-positivo para ²⁶Mg e atua como radionuclídeo cosmogênico produzido por espalhamento de raios cósmicos no argônio atmosférico. As razões de ²⁶Al para ¹⁰Be fornecem marcadores cronológicos para processos geológicos em escalas de 10⁵ a 10⁶ anos.
As seções de choque nucleares para captura de nêutrons térmicos medem 0,231 barns para ²⁷Al, produzindo ²⁸Al de vida curta (meia-vida 2,24 minutos) através de reações (n,γ). Propriedades nucleares, incluindo energia de ligação por nucleon (8,3 MeV), refletem a estabilidade do núcleo ²⁷Al dentro do modelo de camadas nucleares.
Produção Industrial e Aplicações Tecnológicas
Métodos de Extração e Purificação
A produção industrial de alumínio depende do processo eletrolítico Hall-Héroult, envolvendo dissolução da alúmina purificada (Al₂O₃) em criolita fundida (Na₃AlF₆) a aproximadamente 960°C. A eletrólise ocorre entre anodos e cátodos de carbono, com a reação global: 2Al₂O₃ + 3C → 4Al + 3CO₂. As densidades de corrente geralmente variam de 0,7 a 1,0 A/cm², exigindo aproximadamente 13-15 kWh de energia elétrica por quilograma de alumínio produzido.
A preparação da alúmina envolve o processo Bayer, no qual a bauxita é digerida em solução concentrada de hidróxido de sódio a 150-240°C, dissolvendo minerais contendo alumínio enquanto óxidos de ferro e silicatos permanecem como resíduo insolúvel. A precipitação do hidróxido de alumínio puro ocorre por resfriamento controlado e semeadura, seguido de calcinação a 1000-1200°C para produzir alúmina de grau metalúrgico.
A capacidade global de produção excede 65 milhões de toneladas métricas anualmente, com a China dominando a produção em aproximadamente 57% da saída mundial. Os requisitos energéticos representam o fator econômico principal, com as fundições geralmente localizadas próximas a fontes abundantes de energia hidrelétrica. A reciclagem contribui significativamente para o suprimento, exigindo apenas 5% da energia necessária para produção primária enquanto mantém a qualidade do material por meio de processos de refusão.
Aplicações Tecnológicas e Perspectivas Futuras
Aplicações aeroespaciais exploram a favorável razão resistência-peso do alumínio por meio de sistemas avançados de ligas, incluindo séries 2xxx (Al-Cu), 6xxx (Al-Mg-Si) e 7xxx (Al-Zn-Mg). Mecanismos de endurecimento por precipitação permitem resistência à tração superior a 500 MPa mantendo densidades abaixo de 3,0 g/cm³. Estruturas aeronáuticas utilizam cerca de 80% de ligas de alumínio em peso, com aplicações variando de painéis da fuselagem a componentes de motores.
O consumo no setor de transporte abrange painéis de carroceria automotiva, blocos de motor e rodas, impulsionado por exigências de eficiência energética e regulamentações de emissão. Processos de tratamento térmico, incluindo recozimento de solução, têmpera e envelhecimento artificial, otimizam propriedades mecânicas para aplicações específicas. Técnicas avançadas de conformação, como conformação superplástica, permitem geometrias complexas mantendo a integridade estrutural.
Aplicações eletrônicas utilizam a condutividade elétrica do alumínio em linhas de transmissão de energia, dissipadores de calor e metalização de circuitos integrados. A deposição de filmes finos por pulverização catódica ou evaporação cria caminhos condutivos em dispositivos semicondutores, com ligas alumínio-silício prevenindo fenômenos de proeminência de junção. A resistência à corrosão em ambientes marinhos apoia aplicações em plataformas offshore e embarcações navais mediante seleção adequada de ligas e tratamentos superficiais.
Tecnologias emergentes incluem manufatura aditiva usando pó de alumínio, possibilitando geometrias complexas impossíveis por usinagem convencional. Pesquisas focam em ligas nanoestruturadas, materiais com gradiente funcional e compósitos híbridos incorporando reforços cerâmicos. Aplicações em armazenamento de hidrogênio exploram a reação do alumínio com água para gerar gás hidrogênio, potencialmente apoiando futuros sistemas de armazenamento de energia.
Desenvolvimento Histórico e Descoberta
A cronologia da descoberta do alumínio ilustra a evolução do conhecimento químico e capacidades industriais durante o século XIX. Hans Christian Ørsted isolou pela primeira vez o alumínio metálico em 1825 por meio da redução do cloreto de alumínio com amálgama de potássio, produzindo pequenas quantidades de metal impuro. Friedrich Wöhler aprimorou o processo em 1827, obtendo alumínio puro mediante redução com potássio metálico e estabelecendo propriedades básicas como densidade e caráter metálico.
Henri Étienne Sainte-Claire Deville desenvolveu o primeiro método de produção comercial em 1854, substituindo sódio pelo potássio em reações de redução e alcançando escala suficiente para aplicações industriais. O patronato de Napoleão III apoiou o desenvolvimento inicial, com o alumínio inicialmente valorizado acima do ouro devido às dificuldades de produção e rareza. A denominação do elemento como "prata proveniente da argila" refletiu tanto sua aparência quanto sua abundância geológica em minerais aluminossilicatos.
O avanço revolucionário ocorreu em 1886 com o desenvolvimento simultâneo de processos eletrolíticos por Paul Héroult na França e Charles Martin Hall nos Estados Unidos. O processo Hall-Héroult permitiu produção em larga escala eliminando redutores químicos caros, utilizando energia elétrica para redução direta de óxidos em eletrólitos fluoretos fundidos. Esta inovação reduziu os preços do alumínio em mais de 95% em uma década, transformando o elemento de metal precioso em commodity industrial.
O desenvolvimento do processo de extração da alúmina por Karl Josef Bayer em 1887 completou a base industrial, fornecendo meio eficiente para purificação de minérios de bauxita e produção de óxido de alumínio de alta qualidade para redução eletrolítica. A integração dos processos Bayer e Hall-Héroult estabeleceu a indústria moderna de alumínio, possibilitando aplicações em aeronáutica, transporte e construção que definem a ciência de materiais contemporânea.
Conclusão
A posição do alumínio na tabela periódica e sua combinação única de propriedades físicas e químicas estabelecem sua importância fundamental na química e tecnologia modernas. Sua configuração eletrônica determina comportamentos característicos, incluindo formação de estados de oxidação +3 estáveis, reatividade anfotérica e forte tendência à formação de óxidos que proporciona proteção contra corrosão. A baixa densidade combinada com excelentes propriedades mecânicas quando ligado cria utilidade excepcional em aplicações sensíveis ao peso, desde estruturas aeroespaciais até eletrônicos de consumo.
A relevância industrial estende-se além das aplicações atuais para abranger tecnologias emergentes, incluindo manufatura aditiva, sistemas de armazenamento de energia e materiais compostos avançados. As direções de pesquisa focam em ligas nanoestruturadas, técnicas de modificação superficial e otimização de reciclagem para abordar questões de sustentabilidade enquanto expandem as capacidades de desempenho. Sua abundância e infraestrutura de extração estabelecida posicionam o alumínio como material fundamental para desenvolvimento tecnológico futuro em diversas disciplinas de engenharia.

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