Elemento | |
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41NbNióbio92.9063822
8 18 12 1 |
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Propriedades básicas | |
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Número atômico | 41 |
Massa atômica | 92.906382 amu |
Família de elementos | Os metais de transição |
Período | 5 |
Grupo | 1 |
Bloquear | s-block |
Ano de descoberta | 1801 |
Distribuição de isótopos |
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93Nb 100% |
Propriedades físicas | |
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Densidade | 8.57 g/cm3 (STP) |
(H) 8.988E-5 Meitnério (Mt) 28 | |
Fusão | 2468 °C |
Hélio (He) -272.2 Carbono (C) 3675 | |
Ebulição | 4927 °C |
Hélio (He) -268.9 Tungstênio (W) 5927 |
Propriedades químicas | |
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Estados de oxidação (menos comum) | +5 (-3, -1, 0, +1, +2, +3, +4) |
Potencial da primeira ionização | 6.758 eV |
Césio (Cs) 3.894 Hélio (He) 24.587 | |
Afinidade eletrônica | 0.917 eV |
Nobélio (No) -2.33 (Cl) 3.612725 | |
Eletro-negatividade | 1.6 |
Césio (Cs) 0.79 (F) 3.98 |
Raio atômico | |
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Raio covalente | 1.47 Å |
(H) 0.32 Francium (Fr) 2.6 | |
Raio metálico | 1.46 Å |
Berílio (Be) 1.12 Césio (Cs) 2.65 | |
Compostos | ||
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Fórmula | Nome | Estado de oxidação |
NbB2 | Diboreto de nióbio | +2 |
NbO | Monóxido de nióbio | +2 |
NbN | Nitreto de nióbio | +3 |
NbP | Fosfeto de nióbio | +3 |
NbC | Carboneto de nióbio | +4 |
NbCl4 | Cloreto de nióbio (IV) | +4 |
NbF4 | Fluoreto de nióbio (IV) | +4 |
NbO2 | Dióxido de nióbio | +4 |
Nb2O5 | Pentóxido de nióbio | +5 |
NbCl5 | Pentacloreto de nióbio | +5 |
LiNbO3 | Niobato de lítio | +5 |
KNbO3 | Niobato de potássio | +5 |
Propriedades eletrônicas | |
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Elétrons por camada | 2, 8, 18, 12, 1 |
Configuração eletrônica | [Kr] 4d4 |
Modelo de átomo de Bohr
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Diagrama de caixa orbital
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Elétrons de valência | 5 |
Estrutura de pontos de Lewis |
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Visualização Orbital | |
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Elétrons | - |
Nióbio (Nb): Elemento da Tabela Periódica
Resumo
O nióbio (símbolo Nb, número atômico 41) representa um metal de transição de importância estratégica pertencente ao grupo 5 da tabela periódica. Com massa atômica de 92,90637 ± 0,00001 u e configuração eletrônica [Kr] 4d⁴ 5s¹, o nióbio exibe propriedades físicas e químicas distintas, incluindo capacidades supercondutoras excepcionais e resistência à corrosão. O elemento demonstra estados de oxidação primários de +3 e +5, forma estrutura cristalina cúbica de corpo centrado e apresenta ponto de fusão de 2750 K com densidade de 8,57 g/cm³. A relevância industrial do nióbio concentra-se principalmente em aplicações de reforço de aço, onde adições mínimas melhoram substancialmente as propriedades mecânicas, tecnologias supercondutoras incluindo ímãs para ressonância magnética e aceleradores de partículas, e superligas para aeroespacial em aplicações de alta temperatura. Sua ocorrência natural envolve predominantemente minerais como pirocloro e columbita, com o Brasil liderando a produção global. A descoberta do elemento por Charles Hatchett em 1801 iniciou uma longa controvérsia na nomenclatura, resolvida apenas em 1950 com a padronização da IUPAC.
Introdução
O nióbio ocupa a posição 41 na tabela periódica como o primeiro membro da segunda série de transição, exibindo características típicas do bloco d com notáveis desvios das tendências esperadas. Sua configuração eletrônica [Kr] 4d⁴ 5s¹ cria propriedades de ligação únicas, distinguiindo-o do vanádio (mais leve) e do tântalo (mais pesado) no mesmo grupo. Localizado no período 5, o nióbio demonstra raio atômico intermediário entre esses elementos, mantendo padrões distintos de reatividade química. Sua relevância industrial emergiu no século XX, quando aplicações metalúrgicas revelaram efeitos extraordinários de reforço em ligas de aço e propriedades supercondutoras essenciais para tecnologias modernas. Geoquimicamente, o nióbio é um elemento litófilo com abundância crustal de aproximadamente 20 partes por milhão, ocorrendo principalmente em rochas ígneas alcalinas e pegmatitos associados. Sua natureza refratária e estabilidade química refletem a forte formação de ligações metal-oxigênio, contribuindo tanto para sua utilidade industrial quanto para os desafios de extração.
Propriedades Físicas e Estrutura Atômica
Parâmetros Atômicos Fundamentais
A estrutura atômica do nióbio centra-se em um núcleo com 41 prótons, onde o isótopo predominante ⁹³Nb possui 52 nêutrons, resultando em spin nuclear I = 9/2 e momento magnético μ = +6,1705 magnetons nucleares. A configuração eletrônica [Kr] 4d⁴ 5s¹ desvia-se da esperada [Kr] 4d³ 5s² devido a considerações de energia de troca que favorecem orbitais 4d semi-preenchidos. O raio atômico mede 146 pm, enquanto os raios iônicos variam significativamente com o estado de oxidação: Nb³⁺ exibe 72 pm, Nb⁴⁺ mede 68 pm e Nb⁵⁺ contrai-se para 64 pm. Cálculos de carga nuclear efetiva indicam blindagem progressiva pelos elétrons internos, com elétrons 4d experimentando Zeff aproximadamente 4,7. A primeira energia de ionização é igual a 652,1 kJ/mol, refletindo a moderação na força das ligações metálicas, enquanto ionizações subsequentes requerem 1382, 2416, 3700 e 4877 kJ/mol, respectivamente. A afinidade eletrônica permanece mal definida para o nióbio, típico de metais de transição iniciais com orbitais d parcialmente preenchidos.
Características Físicas Macroscópicas
O nióbio cristaliza-se em estrutura cúbica de corpo centrado com parâmetro de rede a = 3,3004 Å em temperatura ambiente, grupo espacial Im3m. O metal apresenta aparência cinza brilhante com leve tom azulado quando superfícies oxidadas formam finas películas de interferência. Sua densidade em condições padrão é de 8,57 g/cm³, posicionando-o entre o vanádio mais leve (6,11 g/cm³) e o tântalo mais denso (16,69 g/cm³). Suas propriedades térmicas incluem ponto de fusão de 2750 K (2477°C) e ponto de ebulição de 5017 K (4744°C), indicando ligações metálicas fortes, consistentes com seu caráter refratário. O calor de fusão mede 30,0 kJ/mol, enquanto a entalpia de vaporização é de 689,9 kJ/mol. A capacidade térmica específica a pressão constante é de 24,60 J/(mol·K) a 298 K. O metal demonstra comportamento paramagnético com susceptibilidade magnética χ = +2,08 × 10⁻⁴ em temperatura ambiente. Suas propriedades mecânicas incluem dureza de 6 na escala Mohs, comparável ao titânio, com excelente ductilidade que permite extensa conformação a frio. O coeficiente de expansão térmica é de 7,3 × 10⁻⁶ K⁻¹, e a condutividade térmica mede 53,7 W/(m·K) em temperatura ambiente.
Propriedades Químicas e Reatividade
Estrutura Eletrônica e Comportamento de Ligação
A reatividade química do nióbio deriva dos quatro elétrons disponíveis no orbital 4d e do único elétron no orbital 5s, permitindo estados de oxidação variáveis de +1 a +5. O estado +5 atinge máxima estabilidade ao esvaziar completamente o orbital 4d, formando compostos predominantemente iônicos. Estados mais baixos (+2, +3, +4) envolvem preenchimento parcial do orbital d, criando oportunidades de ligações metálicas em compostos cluster. A formação de ligações geralmente envolve hibridização dos orbitais 4d e 5s do nióbio com orbitais 2p do oxigênio em sistemas óxidos, produzindo ligações híbridas covalentes-iônicas. Os comprimentos de ligação Nb-O no Nb₂O₅ variam de 1,78 a 2,25 Å dependendo do ambiente de coordenação, com energias de ligação próximas a 750 kJ/mol para ligações oxo terminais. O metal demonstra caráter de ácido forte na classificação de Pearson, preferindo doadores de oxigênio e flúor em vez de ligantes de enxofre ou nitrogênio. Os números de coordenação variam amplamente de 4 a 8, com geometrias octaédricas e antiprismáticas quadradas sendo as mais comuns em compostos no estado +5. Ligações Nb-C em fases carbide exibem caráter covalente considerável com comprimentos de aproximadamente 2,2 Å.
Propriedades Eletroquímicas e Termodinâmicas
Os valores de eletronegatividade do nióbio são 1,6 na escala Pauling e 1,23 na escala Allred-Rochow, indicando caráter eletropositivo moderado típico de metais de transição iniciais. Os potenciais padrão de redução variam significativamente com o pH e o estado de oxidação: Nb₂O₅ + 10H⁺ + 10e⁻ → 2Nb + 5H₂O exibe E° = -0,644 V em solução ácida, enquanto NbO₄³⁻ + 4H₂O + 5e⁻ → Nb + 8OH⁻ mostra E° = -1,186 V em condições básicas. O par Nb⁵⁺/Nb⁴⁺ apresenta E° = +0,58 V, indicando estabilidade do estado pentavalente. Dados termodinâmicos revelam altas entalpias de formação para óxidos de nióbio: ΔH°f = -1899,5 kJ/mol para Nb₂O₅, explicando sua excepcional estabilidade química e resistência à redução. As energias livres de Gibbs de formação favorecem a formação de óxidos em condições oxidantes, com Nb₂O₅ exibindo ΔG°f = -1766,0 kJ/mol a 298 K. Seu comportamento eletroquímico em solução aquosa envolve equilíbrios complexos de hidrólise formando espécies poliméricas, especialmente em pH próximo ao neutro, onde clusters Nb₆O₁₉⁸⁻ predominam.
Compostos Químicos e Formação de Complexos
Compostos Binários e Ternários
O pentóxido de nióbio Nb₂O₅ é o composto binário mais estável, cristalizando em múltiplas formas polimórficas, incluindo a fase ortorrômbica T, a monoclínica B e a tetragonal TT. Sua formação ocorre por oxidação atmosférica em altas temperaturas segundo a reação 4Nb + 5O₂ → 2Nb₂O₅, com ΔH° = -1899,5 kJ/mol. Óxidos inferiores incluem NbO (estrutura cúbica), NbO₂ (estrutura rutilo) e fases intermediárias como Nb₂O₃ e Nb₄O₅. Os haletos abrangem toda a série do fluoreto NbF₅ ao NbF₂, com o pentafluoreto apresentando caráter altamente higroscópico e comportamento de ácido de Lewis forte. Os cloretos incluem NbCl₅ e NbCl₄, ambos formados pela combinação direta com cloro elementar. As fases carbide, como NbC e Nb₂C, exibem dureza excepcional e estabilidade térmica próxima a 4000°C. O nitreto NbN cristaliza-se na estrutura de NaCl com condutividade metálica e transição supercondutora a 16 K. Os sulfetos NbS₂ e NbS₃ adotam estruturas laminares com propriedades semicondutoras.
Química de Coordenação e Compostos Organometálicos
Os complexos de coordenação do nióbio exibem geometrias diversas, refletindo configurações eletrônicas de d⁰ a d⁴ em diferentes estados de oxidação. Complexos pentavalentes geralmente adotam coordenação octaédrica com ligantes como oxalato, formando ânions [Nb(C₂O₄)₃]⁻, ou arranjo antiprismático quadrado em espécies octacoordenadas como [NbF₈]³⁻. Complexos oxo incluem ânions niobatos [NbO₄]³⁻ e polioxoniobatos como [Nb₆O₁₉]⁸⁻, com padrões de conectividade octaédrica compartilhando vértices. Complexos em estados de oxidação mais baixos demonstram ligações metálicas, especialmente em soluções aquosas de cloretos formando íons cluster [Nb₆Cl₁₂]²⁺ com estrutura metálica octaédrica. A química organometálica inclui derivados de ciclopentadienila Nb(C₅H₅)₂Cl₂ e complexos alquila, embora sua estabilidade térmica seja limitada em comparação a análogos de metais de transição iniciais. Complexos carbonila requerem condições fortemente redutoras para formação, com [Nb(CO)₆]⁻ representando uma espécie aniônica rara que necessita técnicas sintéticas sofisticadas. Complexos alquilideno e alquilidino têm relevância significativa em aplicações de catálise de metátese.
Ocorrência Natural e Análise Isotópica
Distribuição Geoquímica e Abundância
O nióbio mantém uma abundância crustal de aproximadamente 20 partes por milhão, ocupando o 34º lugar entre os elementos na distribuição terrestre. Seu comportamento geoquímico o classifica como elemento litófilo com forte afinidade por fases silicatadas, concentrando-se preferencialmente em rochas ígneas ácidas e pegmatitos associados. Os minerais primários incluem pirocloro (Na,Ca)₂Nb₂O₆(OH,F) e a série columbita-tantalita (Fe,Mn)(Nb,Ta)₂O₆, com o pirocloro contendo até 74% de pentóxido de nióbio. Complexos carbonatíticos abrigam depósitos principais de pirocloro, representando ambientes ígneos alcalinos com concentrações elevadas de elementos incompatíveis. Fases minerais secundárias incluem fergusonita (Y,Er,Ce,Fe)(Nb,Ta,Ti)O₄ e euxenita (Y,Ca,Ce,U,Th)(Nb,Ta,Ti)₂O₆. Processos de intemperismo geralmente formam placers residuais por concentração mecânica de minerais resistentes. A água do mar contém nióbio dissolvido em concentrações médias de 1,5 × 10⁻⁸ g/L, enquanto rios transportam nióbio particulado com média de 1,9 mg/kg em sedimentos suspensos.
Propriedades Nucleares e Composição Isotópica
O nióbio natural consiste inteiramente do isótopo ⁹³Nb com 100% de abundância, sendo um dos 22 elementos monoisotópicos. Suas propriedades nucleares incluem spin I = 9/2, momento dipolar magnético μ = +6,1705 magnetons nucleares e momento quadrupolar elétrico eQ = -0,32 barns. A estabilidade nuclear deriva do número mágico de nêutrons N = 52, contribuindo para sua excepcional longevidade, sem processos de decaimento observados. Isótopos artificiais variam de massa 81 a 113, com a espécie radioativa mais estável sendo ⁹⁴Nb, que decai por captura eletrônica a ⁹⁴Mo com meia-vida de 2,03 × 10⁴ anos. A seção de choque nuclear para captura térmica de nêutrons é de 1,15 barns na reação ⁹³Nb(n,γ)⁹⁴Nb, produzindo ⁹⁴ᵐNb metastável com meia-vida de 6,26 minutos. O rendimento de fissão de ⁹³Nb a partir da fissão térmica do ²³⁵U é de 6,38%, tornando este isótopo significativo em cálculos de balanço de nêutrons em reatores nucleares. O isótopo médico ⁹⁵Nb encontra aplicações em tomografia por emissão de pósitrons com meia-vida de 35 dias e emissões γ de 765,8 keV.
Produção Industrial e Aplicações Tecnológicas
Métodos de Extração e Purificação
A produção industrial de nióbio começa com o beneficiamento do pirocloro por técnicas magnéticas e de flotação, elevando o teor de Nb₂O₅ de 2-3% em minério bruto para 60-65% em concentrados. A extração primária envolve cloração em alta temperatura com carbono e gás cloro segundo a reação Nb₂O₅ + 5C + 5Cl₂ → 2NbCl₅ + 5CO a 1000°C, produzindo pentacloreto volátil. Uma alternativa é a digestão com ácido fluorídrico, gerando complexos fluoro solúveis via Nb₂O₅ + 10HF → 2H₂NbF₇ + 3H₂O, permitindo extração líquido-líquido com solventes orgânicos como a metil isobutil cetona. A purificação do tântalo emprega extração seletiva baseada em coeficientes de distribuição, com o nióbio preferencialmente transferido para fases orgânicas sob concentrações ácidas específicas. A redução ao nióbio metálico utiliza fusão por feixe de elétrons do pentóxido ou redução com sódio do heptafluoroniobato de potássio segundo K₂NbF₇ + 5Na → Nb + 5NaF + 2KF. A produção de nióbio ultrapuro para aplicações supercondutoras requer refino por zona de feixe de elétrons, alcançando níveis de impureza abaixo de 10 partes por milhão para elementos intersticiais.
Aplicações Tecnológicas e Perspectivas Futuras
O reforço de aço representa a aplicação dominante, consumindo aproximadamente 85% da produção global de nióbio por meio de adições de ferro-nióbio com 60-70% de nióbio. Mecanismos de endurecimento por precipitação envolvem formação de carbonetos e carbonitreto de nióbio, permitindo aumento de resistência superior a 30% com adições abaixo de 0,1% em peso. Aços de alta resistência e baixa liga para tubulações utilizam o efeito de refinamento de grão do nióbio, reduzindo espessura necessária enquanto mantém resistência à pressão. Aplicações supercondutoras incluem ligas de nióbio-titânio para ímãs de ressonância magnética e compostos intermetálicos de nióbio-estanho para ímãs de aceleradores de alta intensidade, com densidades de corrente críticas superiores a 2000 A/mm² em 12 Tesla. Cavidades supercondutoras de nióbio puro permitem sistemas de aceleradores como o Grande Colisor de Hádrons, operando a 1,9 K com fatores de qualidade superiores a 10¹⁰. Superligas para aeroespacial incorporam nióbio para estabilidade da fase γ' em sistemas base-níquel, estendendo a resistência à fluência em temperaturas de serviço de 1100°C. Aplicações emergentes incluem computação quântica com junções Josephson de nióbio e tecnologias de filmes finos para eletrônica de alta frequência. Dispositivos médicos exploram sua biocompatibilidade em implantes ortopédicos, enquanto aplicações decorativas utilizam coloração anódica com cores de interferência controladas pela espessura do óxido.
Desenvolvimento Histórico e Descoberta
A descoberta do nióbio por Charles Hatchett em 1801 originou-se da análise de uma amostra mineral de Connecticut enviada a Londres por John Winthrop em 1734. A isolação inicial do minério de columbita produziu um óxido metálico desconhecido, nomeado por Hatchett como "columbium" em homenagem à América (Columbia). Em 1844, Heinrich Rose identificou a diferença entre nióbio e tântalo, anteriormente considerados idênticos, levando a técnicas sistemáticas de separação. O elemento recebeu seu nome atual em homenagem a Niobe da mitologia grega, filha de Tantalus, refletindo a estreita relação química entre nióbio e tântalo. A controvérsia na nomenclatura persistiu até 1950, quando a IUPAC adotou oficialmente "nióbio" em vez do termo americano "columbium", embora ambos os nomes tenham sido usados industrialmente durante o século XX. As primeiras aplicações metalúrgicas surgiram na produção de filamentos para lâmpadas incandescentes na década de 1920, explorando as propriedades refratárias e ductilidade do nióbio. A descoberta em 1961 da supercondutividade do nióbio-estanho por Eugene Kunzler nos Laboratórios Bell revolucionou a tecnologia de ímãs de alto campo, possibilitando a ressonância magnética e pesquisas em física de partículas. O desenvolvimento industrial moderno acelerou-se com descobertas minerais no Brasil na década de 1950, estabelecendo padrões atuais de suprimento global dominados pela mineração de pirocloro em Minas Gerais.
Conclusão
O nióbio ocupa posição única entre os metais de transição, combinando caráter refratário com propriedades supercondutoras excepcionais e versatilidade metalúrgica. Sua relevância industrial continua expandindo-se por meio de aplicações em aços reforçados que permitem materiais estruturais mais leves e resistentes, além de tecnologias supercondutoras que avançam na computação quântica e pesquisa em física de alta energia. Considerações ambientais favorecem seu uso contínuo devido a perfis de toxicidade mínima e potencial de reciclagem a partir de sucata de aço. Direções futuras de pesquisa incluem aplicações em processamento de informações quânticas, desenvolvimento de ligas avançadas para ambientes extremos e expansão de tecnologias supercondutoras para sistemas de armazenamento e transmissão de energia. O entendimento científico da química complexa em solução e física do estado sólido do nióbio continua evoluindo, prometendo inovações tecnológicas adicionais que aproveitem suas propriedades distintivas.

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